Inspirado em Symphaty for the devil
Querida, agora que sentiste
O meu mau hálito,
O meu sobretudo negro hábito
Diz adeus à vida que agora tanto carpiste.
Despe os teus seios ofegantes
Como duas pombas
Tentando esgueirar-se das grades,
E deixa a religião para os padres.
Vem partilhar sem medo
Esta garrafa de álcool
Até nascer o sol
Até perderes o medo
E contar-te um segredo…
Mas se tu estás pusilânime
Deixa-me contar-te
Que sempre estive sozinho.
Que encerrei Faraós e Césares
Vivos numa pirâmide,
Porque só eu sabia o caminho.
E fui o primeiro
A provar de Cleópatra
O tão desejado passarinho.
Por isso entrega-te sem pudor
E ajuda-me a fazer uma cria infernal
Com todo o amor
Que não existe
Neste mundo tão irracional.
Não me deixes triste.
6-12-2009
Alexandre Navarro ( Rui Sousa)
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
TEU GRELO
Teu grelo não morde anzol.
Teu grelo apagou o sol
Teu grelo, teu grelo,
Querida, não mintas para mim,
Diz-me quem esteve a come-lo
Num infernal festim…
Teu grelo não morde anzol.
Teu grelo apagou o sol.
TEU GRELO, TEU GRELO, TEU GRELO
TEU GRELO, TEU GRELO
TEU GRELO, ETC…
2-12-2009
RUI SOUSA
Teu grelo apagou o sol
Teu grelo, teu grelo,
Querida, não mintas para mim,
Diz-me quem esteve a come-lo
Num infernal festim…
Teu grelo não morde anzol.
Teu grelo apagou o sol.
TEU GRELO, TEU GRELO, TEU GRELO
TEU GRELO, TEU GRELO
TEU GRELO, ETC…
2-12-2009
RUI SOUSA
A PRINCESA DESPERTA
Ela está nervosa
Como uma princesa ansiosa,
Esperando o seu jovem cavaleiro
Que há-de chegar sorrateiro
Dando-lhe todo o seu amor
E tirando-lhe todos os medos.
Os lábios dele nos ouvidos dela vão compor
Melodias e desvendar segredos.
Vendo-se ao espelho
Ela acaricia os seios
Em constante crescimento.
Tem no seu rosto vermelho,
A cor e os meios
De ter um amante de terno temperamento.
De repente o seu cabelo desata
Que lhe encobre as costas brancas.
As suas pernas têm emoções francas
E o luar nas suas nádegas dilata.
Ela está tão bela e tão triste…
Tem lágrimas nos olhos amêndoados.
Morde os lábios não magoados,
Porque o príncipe lhe resiste.
Ou não existe.
21-12-2006
Rui Alexandre Sousa
Como uma princesa ansiosa,
Esperando o seu jovem cavaleiro
Que há-de chegar sorrateiro
Dando-lhe todo o seu amor
E tirando-lhe todos os medos.
Os lábios dele nos ouvidos dela vão compor
Melodias e desvendar segredos.
Vendo-se ao espelho
Ela acaricia os seios
Em constante crescimento.
Tem no seu rosto vermelho,
A cor e os meios
De ter um amante de terno temperamento.
De repente o seu cabelo desata
Que lhe encobre as costas brancas.
As suas pernas têm emoções francas
E o luar nas suas nádegas dilata.
Ela está tão bela e tão triste…
Tem lágrimas nos olhos amêndoados.
Morde os lábios não magoados,
Porque o príncipe lhe resiste.
Ou não existe.
21-12-2006
Rui Alexandre Sousa
OS CÉLEBRES MEDÍOCRES
Falarei do ciclo das famílias
Com o poder do dinheiro.
Das eternas tertúlias
No milénio derradeiro.
Daqueles sedutores que se passeiam
Em automóveis potentes.
Sedutores que gorjeiam
Acelerações e derrapagens dementes.
Daquelas meninas mimadas
Que por anos excessivos
Engonharam e um dia se doutoraram.
Daquelas meninas enamoradas
Por carácteres inconstantes e subversivos,
A quem com ardor se entregaram
E depois com os prometidos doutores se casaram.
Daquelas festas vip onde se vê
A futilidade emancipada,
A cocaína snifada
Para não se tratarem por «você».
Aqueles que por arte duvidosa,
Por música má acompanhada por futilidades
Da prosa e por uma disponibilidade escandalosa,
São afinal os medíocres, as celebridades.
21-12-2006
Rui Alexandre Sousa
Com o poder do dinheiro.
Das eternas tertúlias
No milénio derradeiro.
Daqueles sedutores que se passeiam
Em automóveis potentes.
Sedutores que gorjeiam
Acelerações e derrapagens dementes.
Daquelas meninas mimadas
Que por anos excessivos
Engonharam e um dia se doutoraram.
Daquelas meninas enamoradas
Por carácteres inconstantes e subversivos,
A quem com ardor se entregaram
E depois com os prometidos doutores se casaram.
Daquelas festas vip onde se vê
A futilidade emancipada,
A cocaína snifada
Para não se tratarem por «você».
Aqueles que por arte duvidosa,
Por música má acompanhada por futilidades
Da prosa e por uma disponibilidade escandalosa,
São afinal os medíocres, as celebridades.
21-12-2006
Rui Alexandre Sousa
ESPANTALHO
É mais fácil amar
Os rebeldes e os intransigentes.
Não sou um sedutor,
Mas sou seduzido
Por pequenos pormenores
Que só existem nas mulheres.
Não levo a mal desprezos de mulheres,
Porque são os únicos seres que sabem dissimular.
O mais difícil conhecimento
É conhecermo-nos a nós próprios.
No breve tempo que passei contigo
Tentei pela primeira vez me dar a conhecer.
Falei demasiado de mim.
Sinto que só disse futilidades e disparates
E fiquei confuso em relação a ti.
Descobri que sou estúpido,
Por vezes arrogante
E egocêntrico.
Mas gosto muito de ti,
E talvez fosse mais feliz,
Se não gostasse tanto de ti.
Perdão, meu anjo
Beijos
Rui
Os rebeldes e os intransigentes.
Não sou um sedutor,
Mas sou seduzido
Por pequenos pormenores
Que só existem nas mulheres.
Não levo a mal desprezos de mulheres,
Porque são os únicos seres que sabem dissimular.
O mais difícil conhecimento
É conhecermo-nos a nós próprios.
No breve tempo que passei contigo
Tentei pela primeira vez me dar a conhecer.
Falei demasiado de mim.
Sinto que só disse futilidades e disparates
E fiquei confuso em relação a ti.
Descobri que sou estúpido,
Por vezes arrogante
E egocêntrico.
Mas gosto muito de ti,
E talvez fosse mais feliz,
Se não gostasse tanto de ti.
Perdão, meu anjo
Beijos
Rui
AMA-ME OU MATA-ME
Cada um à sua maneira
Interpreta o que se dispõe a ler.
Estou de tristeza sobremaneira
Liberta que nem deveria escrever.
Estou completamente perdido
Sem nunca assim o ter sentido.
Sou no mundo indeciso…
Esmago irónico sorriso…
Quero chorar e ser abatido.
Quero matar e ser absolvido.
Estou do que escrevi arrependido.
Do cimo da tua pose, ata-me ou desata-me,
Que serei um palhaço por mim aplaudido.
Ama-me ou mata-me.
15-1-2007
Rui Sousa
Interpreta o que se dispõe a ler.
Estou de tristeza sobremaneira
Liberta que nem deveria escrever.
Estou completamente perdido
Sem nunca assim o ter sentido.
Sou no mundo indeciso…
Esmago irónico sorriso…
Quero chorar e ser abatido.
Quero matar e ser absolvido.
Estou do que escrevi arrependido.
Do cimo da tua pose, ata-me ou desata-me,
Que serei um palhaço por mim aplaudido.
Ama-me ou mata-me.
15-1-2007
Rui Sousa
AUTO ESTIMA
O amor faz-nos naquele
Instante parar.
No tempo imortal
Desesperar.
Sem esperança sonhar…
E nos casos de doença
Que a um só se destina
Faz perder a auto estima.
E também o crime passional se subestima…
8-11-2008
Rui Alexandre Sousa
Instante parar.
No tempo imortal
Desesperar.
Sem esperança sonhar…
E nos casos de doença
Que a um só se destina
Faz perder a auto estima.
E também o crime passional se subestima…
8-11-2008
Rui Alexandre Sousa
SENHORA CUSCA
É baixinha,
Redondinha,
De óculos
E quem a desconhece
Diz que a ninguém pode fazer mal.
Mas diz quem a conhece
Que se lhe desvela
Um pouco a vida pode ser fatal.
Disse-me que o dono de uma loja
Abria mais tarde
Porque estava rico
E não precisava de se esforçar.
Meia hora na loja esperando fico,
Porque com ele estava a cuscar.
Vá prá missa se ocultar
Demónio de saias de língua viperina.
Bem pode com os anjos sonhar
E com a bênção latina,
Porque a segurança que busca
Senhora cusca
É somente o Inferno a cuscá-la para a torturar.
26-11-2009
Rui Sousa
Redondinha,
De óculos
E quem a desconhece
Diz que a ninguém pode fazer mal.
Mas diz quem a conhece
Que se lhe desvela
Um pouco a vida pode ser fatal.
Disse-me que o dono de uma loja
Abria mais tarde
Porque estava rico
E não precisava de se esforçar.
Meia hora na loja esperando fico,
Porque com ele estava a cuscar.
Vá prá missa se ocultar
Demónio de saias de língua viperina.
Bem pode com os anjos sonhar
E com a bênção latina,
Porque a segurança que busca
Senhora cusca
É somente o Inferno a cuscá-la para a torturar.
26-11-2009
Rui Sousa
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