segunda-feira, 4 de junho de 2012


E já é mais que tempo
Para parar
E pensar,
Porque é que as mulheres
Mais doces e meigas
São as mais maltratadas…


E avó eu pensei
Que a tua força não se esgotava.
Amparo dos netos ao desnorte.
E por vezes te maltratei
Por ninfetas que eu adorava
E afinal não eras tão forte.
Tu foste e serás sempre mais
Que essas mulheres iguais.


E como eu tentei, mãe
Ser um pouco feliz
Para seres menos infeliz,
Também.

Obrigado por lerem


27-5-2012

Rui Alexandre Sousa



E é duro saber
Que no tempo não progredi,
E me deixei para trás.
E é duro para mim dizer
Que por ti não vivi
E que te deixei de tudo capaz.

E descrever
Os meus olhos
Que não são de todo ateus…
E sofrer
Os olhos
A quem nunca disse adeus.

Lamento por ti
E lamento por mim
Lamento por mim
Por nós?



26-5-2012


Rui Sousa


Na verdade
As pessoas que mais amei
Foram as que menos toquei.
O meu pai sempre me desprezou.
E contigo as lascívias juntamente se temperou
A esquizofrenia.
Agora a única mulher que amo é a minha mãe.
Porque ser casado com uma mulher
Que não deixa de ser gado bravo…
E de Serpa a Portalegre
Faz-se a viagem com maior tesão
Do que suporta qualquer carrão.
E tu mimosa menina,
Em paz te vou deixar,
Porque só no extremo sei amar.
E como diz o título de um soneto de Bocage:

O tempo oferece ao poeta
Antídoto contra o amor



«Por ora sofre o jugo de Cupido…
Que eu farei quando menos o cuidares
Que te escape (S….) do sentido.»


13-5-2012


Rui Sousa



UM POUCO DE LUCIDEZ


Tenho de tomar cuidado
Para não ser atropelado.
O carro fica mudo.
Eu sinto dores, o inferno e tudo.
E até para sempre poderei ficar mudo.




10-5-2012





Rui Sousa


Eu não sou estupido








Rui Sousa