segunda-feira, 26 de outubro de 2009

GRANDE VERGONHA

A atitude parece tristonha…
Que belos gestos tem a marafona.
Parece uma caverna, a sua cona
Sugando vinte centímetros de vergonha.

A minha massa cinzenta é decadência
Que procura celestial existência.
Amo como quem tem a experiência
De ser frenético e fingir sonolência…

Não sei porque, mas tenho pressa
De viver abortado de humanidade.
Nunca viverei em sociedade.
Vê-me e engole-me depressa…

Dispõe-te ao elixir que se disponha
E põe-te a parir mais uma grande vergonha?...


Gostava…mas o que seria se fosse o único bruto do mundo?...




6-1-2006






Rui Sousa

A MUSA QUE NÃO DEVIA SER

Com perfeitos gestos,
Perfeitas expressões
Rouba todos os corações.
A vaidosos ou modestos
Só lhes ficam restos.

Muitos versos me inspirou…
Muitos poemas lhe escrevia
Em noites que o estro tombou
Procurando a perfeita poesia.

Do âmago do meu ser
Os meus poemas ela lia.
E com um qualquer se cobria,
A musa que ser não devia.






14-3-2009






Rui Sousa

LOS JUGUETES, TRETAS, BAGATELAS

Uma palavra, uma bagatela.
Um olhar sem sequela.
Uma boca imperfeita
Numa mordida que se deleita.

Uma criatura satânica
Fingindo um corpo de donzela.
Uma mulher extravagante e bela
Esconde uma alma romântica.

No mundo teatral
Para quê psicologia?
Em postas a poesia
Feita por um canibal.

Queria ser um pesadelo
Nas tuas doces memórias.
Mas o teu coração é frio gelo
E o resto são histórias.



19-10-2009


Rui Sousa


Onde estás senhora minha
Que te não dói o meu mal.
Ou não o sabes senhora,
Ou és falsa e desleal?

D.Quixote primeira parte
Cervantes

WHISKY DE 32 ANOS

Há quem uma cana
Transforme numa lança.
Há quem seja tão bacana
Que da infância não tenha
Uma má lembrança.

Alguns chegam ao poder…
Poder bis.
Quando tão senis
Não têm força para foder,
Fodem o país.

Eu só tenho uma lembrança…
Um whisky de 16 anos
Que o meu pai deixou
Quando partiu há 16 anos.
E tão alcoólico compulsivo não sou,
Pois que o bebo como elixir precioso
Que irá durar tanto como eu.





22-10-09





Rui Alexandre Sousa

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

JÁ NÃO SOU NOCTÍVAGO

Já noctívago não sou…ao sol impuro
O que sou aos poucos se vai vendo.
Vampiras de olhos brilhantes, no escuro
São cintilantes, mas no dia vão-se adormecendo.

Criaturas da noite, corvos, corujas, morcegos,
Vós que todos juntos repetiam
Os meus ais e se compadeciam
Dos meus amorosos desassossegos…

Agora sou um diurno forasteiro
No sol que cega os pensamentos.
No calor que entorpece os movimentos.
Caminhando na minha terra, caminho estrangeiro.








12-3-2009

NÃO COBIÇARÁS A MULHER DO PRÓXIMO?

Por muitas vezes ao ver
Extremamente seres tão contrários
Penso que o que a mulher quer
É divertir-se com homens otários.

Chegou-se a ele primeiro
E de longínquas terras veio
Amar um babuíno feio
Talvez pelo colorido do dinheiro.

Considero a fêmea do homem
A fêmea mais fútil.
Talvez do lobisomem
A fêmea seja mais útil.

Só sinto confusão e dor…
Porém, bela e discreta Sofia,
Se a mim entregasses o teu amor
A mulher do próximo não cobiçaria.





18-1-2009

REDIMIDO

Tu pensas demais
No que poderias ser.
E não consegues deixar de ter
Atitudes animais.

Tentei não amar
Como um comum mortal.
E acabei por me odiar
Num amor imortal.

Gostava de ter na mente
Tantas memórias como uma borboleta.
De renascer novamente
E tornar a pulsação irrequieta.

Sou no mundo
Um vampiro esmorecido.
E no olvido profundo
Estarei redimido…





30-9-2007
Companheira solidão…
Amada escuridão…

Para vós quero voltar.
Queiram me perdoar,
Se vos quis trocar
Por um ser que me encantava
Com meigos olhos que me ofuscavam.
Uma doce voz que me usava,
Um doce hálito que me envenenava
Com gestos perfeitos que um cadáver mirravam.

Não sei ser do dia.
Sou perfeito de imperfeição.
Vamos fazer uma orgia,
Companheira solidão,
Amada escuridão.






24-2-2007
Oh tempestuosa noite,
Oh natural açoite…
Limpa com a tua chuva o pranto
Que nunca na felicidade se acoite.
Ventania que causa espanto
Arreda-me do instável encanto
Que nunca sinta a chuva fria
Purificando a pele seminua.
Humedece-me baça lua
E escurece a alegre poesia
Que nenhuma mulher elegia.
Dá-me o que ela para si não gostaria…
Oh natural açoite.
Oh tempestuosa noite…





1-5-2007

O CANIBAL DOMESTICADO

O canibal está domesticado.
Está medicado
E apaixonado.
O canibal amante
Morde o clítoris
Delicadamente.
Por sangue não mata o canibal.
Todos os meses tem a sua refeição.
É mais usual e pontual:
Bebe sangue de menstruação.





29-9-2009
Estou a estourar de existir
Envolto nos meus medos de criança.
Imagino-te a sorrir
Em mais uma nova dança.
O meu amor é cego.
O sedentarismo é desassossego.
A tua voz pode alterar caminhos.
O sossego numa cama de espinhos.
Não consegui capturar-te
Com a minha cega resignação.
Cobarde deixei escapar-te,
Porque não suportava a respiração.
Podia ter beijado as tuas perfeições.
Podia ter segurado as tuas mãos
Pelo menos durante três anos.








7-9-2009

E PORQUE NÃO?...

Um Andro sexual
Ao fim de cinco ânus
Com uma ninfeta
Têm um filho com pé de bode.
Uma princesa hetero vaginal
Ao fim de cem anos
Mantém a barca erecta
E o Inferno em ode.








2-9-2009

OS BOÉMIOS E OS BEATOS

Aqueles que por ateus
E que por convicção
Têm a sua própria bíblia,
Sonham com a imortalidade
De serem estudados
E em vida publicados
Como outros Fernando Pessoa.
Outros boémios tomam drogas
Mas não produzem arte.
E bailam e dançam
Ao som dos artistas que admiram
E roubam e matam
Para o seu morto vício.
Esperando que no Inferno
Vão manter o estilo
E quem sabe conhecer
Jim Morrison ou Kurt Coubain.

As beatas que vão à igreja
Esperam pagar pecados passados ou presentes,
Ou têm medo do infinito.
De forma cordial todos se saúdam
E quando saem da igreja
Em suas casas, (nos cafés), (tascas)
Em pequenos grupos
Cuscam das vidas alheias.



Ai, são cuscas, cuscas e mais cuscas,
São as cuscas da Pampilhosa…




6-9-2009

ATÉ…

Até desarmarem
Novas pontes.

Até se alargarem
Novos horizontes.

Até se vislumbrarem
Novos montes.

Até secarem
Novas fontes.







30-8-2009
Querida, querida
Eu estava a brincar
Quando disse que gostava
De te partir esses lindos dentes.
A chama rosada a queimar
Tudo o que a penetrava
E tudo o que entrementes.

Rapaz com cancro nos pulmões
Fuma outra vez.
E de mau, outra vez e de revés
Não comove nenhuns corações.







12-8-2009

SEMPRE A PROA

Quem tu pensas que és
Para veres em mim um farrapo?
Ou será que temes ou vês
Que tenho marsapo
Para te por o cono num trapo?

AS MINHAS BRUTAIS MÃOS DE ARTISTA

A máscara que estás a usar,
As minhas mãos vão pintar.

As coisas que estás a desejar,
As minhas mãos vão encontrar.

As tuas cuecas que estou a apertar,
As minhas mãos vão arrancar.

As tuas nádegas são o luar
Que as minhas mãos vão avermelhar.

Os teus lábios vou beijar,
Antes de a tua vagina penetrar.
Com os dedos a vou explorar
E o teu clítoris nuclear
Às minhas mãos se vai colar.

E se por socorro quiseres chamar,
As minhas mãos não vão deixar.





22-2-2008

6 9

Sem uma crença astróloga
Sou o amor, psicóloga.
E com uma receita terapêutica
Sou o viagra humano, farmacêutica.
E como uma vulcão na banheira
Sou o fogo, bombeira.


3-10-2008




Amor, psicóloga.
Viagra humano, farmacêutica.
Fogo, bombeira.





Rui Alexandre Sousa

AQUECIMENTO HUMANOBOÇAL

Oh, saudoso Inverno rigoroso
Que tão pouco te saudei.
Oh, Primavera chuvosa
Que contigo solucei.
Oh, Verão impiedoso
Que o teu estro nunca encontrei.
Serei algum tipo de poeta romântico?
Ou algum fanfarrão e satírico
Que culpa as grandes potências
Pelos céus de inclemências?


Ou talvez me queiram convencer
Que o aquecimento global
Se deve a ter de se fumar na rua?





1-10-2008

BOMBEIRA SENSUAL

Quem dedica a sua vida a ajudar
E expõe às tormentas um bom coração
O fogo em mim está a atear
E afogando a flutuável razão.

A tua beleza é transcendental…
O teu uniforme formal
Não esconde a tua beleza fatal
De bombeira sensual.

Mulher prática e doce.
Dava-te do coração a posse,
Se os teus penetrantes olhos fatais
Compadecidos dos demais,
Combatendo os fogos florestais
Incendiassem ainda mais
Os meus restos mortais.






20-6-2009

SONHO DE MULHER

Cai em mim a noite
Como um aguardado açoite.

Bem podias ser deusa,
Mais atractiva que o luar,
Caçadora por vocação
De masculina consciente presa
Que quer a tua rosa espumar
Como o mar na sua imensidão.

Rosto querido do dia.
Rosto amado na escuridão
De novas cores sempre em renovação
Que inspiram poesia
Ao poeta mal fadado,
Ao homem torturado.






6-6-2009

AMOR SEM FRUTO

Tão doce criatura
É no meu coração diabrura.
Palpitação que perdura
Na mente inconstante gravura…

Penso que o meu aspecto
Estranho ela não estranhou.

Julgo que o meu dialecto
Tremente a segurou.

Estranho que não sendo concreto
Um gesto seu me concretizou.

Falei-lhe do poético projecto
Que afinal não rimou.

E sou afinal o objecto
Que ela não usou?

Ou tu preferes
Um amor astuto
Que escraviza mulheres?
Talvez já experimentado tenhas
Um amor sincero, bruto
E por isso te venhas
Vingar do meu amor sem fruto?





12-4-2008

NO CASTELO AO SOL

No castelo, ao sol coberto de amor,
Uma princesa estava enternecida,
Coberta de luxos apetecida
Por reis querendo, mudos, seu louvor.

Súbito falaram certos da dor
Que sentiam, desta graça da vida,
Escrevem versos a arte ressentida
Transforma a beleza certa em horror.

Acha o momento cru de esquecimento.
Eu desejo tudo menos paciência.
O que gasto em velas daria sustento.

Leva o escasso tempo, a minha existência,
Porque o corpo velho levado ao vento
Não é fortuna, não é preferência.





19-1-2008

NÃO BASTA

Digo
A mim mesmo que não quero sonhar,
Que nunca mais quero amar,
E continuo a ter
Sonhos que acabo por escolher.

Não basta dizer que estou farto
De não ter uma jovem viúva
A prantear como a chuva
Que escuto nas telhas do meu quarto?...

Basta
A pedra que não gasta
Como sentimentos
Que a solidão arrasta.
Femininos cruzamentos
De despistes e tormentos,
Basta.
Não basta…






3-11-2007

A LUA RESSENTIU-SE

A lua estava mais brilhante
Vista do coração da floresta
Por um eclipse humano, uma decadente festa
Que via a sua Afrodite ofegante,

Nos braços de um humano arrogante
Que a impulsos da lua a possuía
Como o mais venturoso amante,
Que tantas venturas não sentia.

Sentado nas escadas do cemitério
Vivia assim tão bela lua.
Vendo a tua pele nua
Não via razão de ter o coração critério.

Lentamente o céu foi escurecendo
E a brancura da lua de negro vestiu.
Por um momento o humano eclipse sorriu.
E os seus sentimentos não escondendo
A própria lua ressentiu.





8-9-2007

DONO DO MUNDO

Tu vives em palácios isolados
Com regimentos militares pelo mundo espalhados.
Dás dinheiro e leite aos teus graduados
E sugas ração do cérebro dos soldados.

Com os teus incrédulos pensamentos
Outros como tu neles descansados dormem.
Gastas fortunas para os teus sexuais movimentos,
Enquanto jovens esfomeados não dormem.

Tens pinturas sagradas de anjos e santos no teu quarto.
Razão de uma vida de muitos artistas.
E no púlpito furtado onde exercitas,
Todos sabem que de luxúria e lascívia vives farto.

Tu nunca tiveste vida no coração,
Mas eu desejo que um dia morras.
Tu mentes no teu caixão,
Enquanto escondem-se verdades nas masmorras.

Quando morreres saibas que foste um inglório.
Uma só vida das que roubaste
Vale mais do que tudo que herdaste e ceifaste.
Nem Lúcifer te quer para seu demónio.




24-3-2007
POEMAS EDITADOS NO JORNAL DE NOTÍCIAS NA PÁGINA DO LEITOR ENTRE 24 DE MARÇO DE 2007 ATÉ 20 DE JUNHO DE 2009

COM SINCERIDADE…

Há tanto tempo esquecido,
É tão difícil sair das trevas para a luz.
Há tanto tempo obcecado e perdido
Nova beleza vi…não me propus.

O seu caminhar inquieta-me.
Fico perdido no seu olhar
Encantado com o seu doce falar,
E tudo isto enleva-me

O pensamento a pensar
Quão pequeno é o universo
Que pensando não cansa caminhar
Para longe do universo adverso.

Porém, quando de perto a vejo
Fico ansioso e nervoso
E não sei o que faço aqui.
Talvez um repentino beijo
Me fizesse mais poderoso,
Quando, Sofia, tenho medo de ti.






13-7-2009

EM COMA POR EXCESSO DE DRUNFES

Não sei o que é isto.
A morte,
Tenho de fugir disto.
A morte,
Não posso ser visto.
Vejo uma ténue luz…
Vejo um anjo de mulher
Que me maltrata e não me seduz
Mais do que um esquecido prazer.
Estarei num coma profundo?
Não, que ouço as enfermeiras
A ecoarem no meu mundo:
Senhor Rui está-me a ouvir?...
Estou tão apreensiva…
Por que é que fez isto?...
Quero fazer sexo contigo em coma?
Venho do coma, um anti herói sozinho,
Com o rosto como um pergaminho
Que foi desvendado neste longo caminho,
E vejo de um médico o focinho.
Não, não quero de ninguém carinho.
Quero estar entre a vida e a morte
Num universo frenético ou quietinho.






13-7-2009

LUA PUDICA

Existia uma rua
Onde o sol se apressava.
Onde a chuva cultivava
A rua
Onde não se ouvia a palavra
Minha ou tua.
Onde o sangue de Deus
Era partilhado e moderado,
Onde não se viam ateus.
Chamava-se Rua Pudica,
Por nome e por voz pública.
Mas quando a lua por lá passava
A sua nítida brancura avermelhava.
Vendo homens que se sodomizavam,
Lascivos que bebiam o sangue de Deus
Até vomitar, tornavam a beber.
Onde demónios e vampiras se lambuzavam
De saliva, sémen…Julietas, Romeus
Que tornavam ao seu permitido ser
Quando o sol começava a nascer.




12-5-2009
Oh, roído ruído…

Os gestos menos correctos
Muitas vezes não compreendidos
E sem peso na consciência,
Iludem os mais concretos
Que por serem repetidos
Lhes chamam demência.

EVERESTE DE CULPA

Imagino a grandiosidade
Do monte Evereste.
E imagino a longevidade
E a beleza que não me deste.
Deixaste-me louco.
Infelizmente sem loucura
De tentar subir este monte.
Deste-me tão pouco
Do que eu andava à procura…
Quando morrer de vergonha talvez te conte…
A culpa que eu sinto
Causa mais desafio que o monte agreste.
E o amor que me deste
Faz ser doce o absinto.
E sem a atitude
De continuar a subir
De grande altitude
Continuo a cair…





24-2-2009

FRIAMENTE SOFIA

Quem está aqui
A escrever não está aqui.
É uma questão de interpretação.
A bronquice é utopia.
Quem saiu dali
Vem com um peso no coração.
Friamente Sofia.








9-4-2009

FRIAMENTE SUZANA

Deu um vaqueamento
No meu coração
Quando foste para a Vacariça.
O meu mau pensamento
Tem vaga noção
Que aí amas e não mortiça.
Sentes-te vingada e ufana.
Friamente Suzana.



Estarei cego
Procurando
O meu ego?





9-4-2009

500 ANOS

Quem me fez
Não estranhei
Nem perguntei
Quem és.

Em 500 anos de obscuridade
Nada sei de Deus ou do Diabo.
Sei que para mim mais macabro
São vagos raios de claridade.

Pensei não amar ninguém.
Mas da minha suposta casa abandonada
Do escuro vejo numa janela uma dama saudando a manhã.
Mais delicada e mimosa que alguém
Que por mim foi muito amada
No abismo que existe entre um anjo e Satã.

Ninguém ama mais que um vampiro.
Como do lobo uivos que me ressoam
Pela morte da loba que para sempre escolhi.
No meu sombrio retiro
Matei milhares de pessoas,
Mas não consigo fazer mal a ti.





Rui Alexandre Sousa
Sofia,
Há um demónio atrás da tua porta…
E tem um corpo viscoso e imundo.
E uma cara medonha e torta,
E é corrompido como o mundo.

Há um demónio no teu chão,
E ele ergue-se como um espantalho.
E diz num cortante ralho
Que é dele o teu coração.

E ele bebe, vomita e fede
Da humana teologia.
E ele é roto, meio nu e pede
Que o cubras de filosofia.

E ele é manco,
E ele é alto
E de juízo falto.
E é sujo
E diz num rujo
Que escreve poesia
E quer para sua noiva a Sofia.





31-1-2009

BIANCA

Entrega a tua vida
Engrandecida
Aos meus encantos
Na taberna dos prantos.





13-2-2009

PEQUENA CRÓNICA DE COÇAR A CONA

Chamo-me Sarah Connor e vivo num futuro controlado por máquinas, que infelizmente
Não evoluíram para o sexo. Assim voltei umas décadas no passado em busca de homens atraentes. Cheguei a um bar onde só se viam machos bêbedos e onde eu era a única mulher. Vestia um vestido semitransparente sem trazer roupa íntima por baixo. Seis deles começaram-me a apalpar de forma maquinal, e como de forma maquinal eu não gosto, e me chamo Sarah Connor desanquei-os a todos. Passei a noite toda a beber Whisky com Red Bull e fui para casa coçar a cona.








5-7-2009

RAPARIGA

Rapariga: Estudante, alfacinha, tripeira
Em breve
Vais ser uma parideira,
Breve
Vais ser uma parideira…
A paixão ardente e leve
Torna-se uma carga pesada.
E até as crias tão desejadas
Estão-lhe destinadas
Uma educação displicente e errada.






29-6-2009

PROA

Sofia, sempre tão bela
Caminhando com tanta proa
Por essa sinistra viela
Um dia, algum tarado
Te abalroa.







10-6-2009