segunda-feira, 12 de outubro de 2009

LUA PUDICA

Existia uma rua
Onde o sol se apressava.
Onde a chuva cultivava
A rua
Onde não se ouvia a palavra
Minha ou tua.
Onde o sangue de Deus
Era partilhado e moderado,
Onde não se viam ateus.
Chamava-se Rua Pudica,
Por nome e por voz pública.
Mas quando a lua por lá passava
A sua nítida brancura avermelhava.
Vendo homens que se sodomizavam,
Lascivos que bebiam o sangue de Deus
Até vomitar, tornavam a beber.
Onde demónios e vampiras se lambuzavam
De saliva, sémen…Julietas, Romeus
Que tornavam ao seu permitido ser
Quando o sol começava a nascer.




12-5-2009

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