sexta-feira, 17 de junho de 2011

Se à solidão às vezes resistes
Quando te retiras és gozado nas costas
Nunca mostres os teus olhos tristes
A esses dialectos de bostas











10-6-2011






Rui Sousa
Embora não queira
A frígida
Nem sempre é bom
A insaciável









Rui Sousa







2011
Io pienso negativo
Por que no soy vampiro
Y por que no doy vampiro



Ai, roliça menina
Que dor tão fina
Marsapo tão grosso
Que o cono afina





Rui Sousa





2011
Há dias em que
Estou tão frágil
Que me punge o coração
Barulhos, e movimentos bruscos
E é tão ágil
Para a minha sorte
A mulher que nunca foi frágil
Fragilizar-me para a morte









Rui Sousa









2011
Este sopro
Sôfrego no meu coração
Bem podia para fora
Assoprar musas
E perdê-las num turbilhão






26-5-2011








Rui Sousa
Não serei tão rancoroso
Que chegue a dizer estas palavras
Que não são minhas,
Mas são uma grande lição de vida
«Chorando se foi
Quem um dia
Me fez chorar».










Rui Sousa






2011
Digo-te musa
Quem quer que sejas
Uma frase
De Eddie Vedder
«Are you woman
Enouhtg tho be
My man?



Rui Sousa







2011

VÊ O ÓBVIO

Se vires a tua beleza
Como mulher
E se vires a minha beleza
Como homem
Terás de admitir
Que sou demais para ti




E todo o mal
Foi de ter-te achado especial








Rui Sousa





25-5-2011
Eu não escrevo nem cinco por cento
Das coisas incrédulas
Que quando em sonhos agitado
Me passam pela cabeça




Rui Sousa



2011

DESENGANO DE LOUCURA

Como o excesso de uso não me enamora
E já quase o imperceptível pudor breve se evapora
Em ti mijo, em ti cago, oh formosura




Rui Sousa



29-5-2011

CURADO DE UMA CERTA LOUCURA E OBSESSÃO

A minha mente já te esqueceu
E o meu coração apertado
Aos poucos rompeu laços, e agora é só meu
E quanto eu menos te ver
E estar em sítios onde não cheguem
As tuas lascivas façanhas
Deixo para sempre de te querer



E nunca aceitarei
Ser segunda escolha
De uma mulher
Quanto mais o milésimo


Rui Sousa




25-5-2011
Do palhaço triste…
Do espantalho pontual…



Agrada-me por ela esperar
Linda como poucas São
Venustidade e afrodisíaco humano
Que faz qualquer homem desesperar
Porque os seus olhos são tardia ilusão
Que até os mais belos homens choram o desengano

Mulher sempre independente
Com os filhos tolerante
Amada e amante
De corpo e caminhar leve abandona
Qualquer homem desconcertante

Pelo menos comigo paciente e generosa
De orquídea para rosa
E o conjunto em si, a textura,
A natureza foi contigo esplendorosa
E agora volto para
A minha amada escuridão,
Companheira solidão,
Porque tu podes ser mais dura
E despeço-me de forma silenciosa…





Rui Sousa




11-5-2011