sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Eueueueueueu…- quem te faz mal? Escreves melodias animais Quando te sentes tão fragilizado E pensas febril no que é racional. Mas já são normais Eremitas barbudos e corcovados. 2012 2012 Rui SOUSA
Dentro de ti ter Um ataque cardíaco, Mas não antes de ter o prazer De consolado em ti morrer Linda, mimosa, almejado ser… 2012 Rui Sousa
Diz, enfim a quem a ofereceste Depois tendo provado as das tuas amigas Que afinal com tanta proa Tens lá um grande rombo. E que essa rata não vale nadinha. E não parece mais que uma erva daninha. 17-2-2012 Rui Sousa

THE LAST GRUNGE SCREAMS

UNDRESS ME RAPE ME DRESS ME SHAVE ME 2012 RUI SOUSA
Primeiro estranha, Depois entranha. « Fernando Pessoa» Nunca estranha, Logo entranha. 2012 Ruim
Um engenheiro E ao mesmo tempo doutor, Só por ter este duplo valor Rouba o pejo e o pudor Às vossas melindrosas Marias Como a qual queres putarias. 9-2-2012 Rui Sousa
Eu sei que é impossível Para as mulheres Gostarem de mim Pelo que não sei o que sou? Mas a maioria destes seres Abrem as pernas a porras Como quem abre um abismo sem fim. E o mísero poeta parece que fumou ópio E bebeu absinto que o acalmou. Por excessos obrigatórios. Por visões de purgatórios. 9-2-2012 Rui Sousa
E a solidão Em mim persiste. E o meu coração Bate rouco e triste. Outras vezes descompassado… A.V.C. adiado. E eu movimentava-me Por amor. E aninhava-me No escuro vendo múltipla cor Bebendo e fumando quase no escuro Por celestial ser. Só por duas velas iluminado E como por duas portas fechado. Numa tinha um cadeado, Mas quando inconsciente a abria Como que por negra magia assim saía, Por ânsias de amor tão maltratado. O outro lado Estava escancarado, E desesperado De a ver assim Quando o sol nascia Nessa porta do quarto fechado, Iluminando um ser torturado. Feminis cadeados não por mim descodificados. E 62 KG pesando E a cabeça ou leve, ou o dobro pesando Dominado pelo álcool Sentia-me odiado pelo sol. Mas já não sou aquele Homem que por ti Enlouqueceu. Tudo em mim morreu… O gozo nocturno. O espantalho diurno Foi o que aos poucos sobreviveu. 2-2012 Rui Alexandre Sousa
ISTO DE ESCREVER COM MEIA GARRADA DE WHISKY E UMA DÚZIA DE CERVEJAS E ESCREVER COM A MESMA DOZE, PODE DAR ERROS E SER MAL INTERPRETADO

SONETO VII

Não lamentes, Alcino, o teu estado, Corno tem sido muita gente boa; Corníssimos fidalgos tem Lisboa, Milhões de vezes cornos têm reinado. Siqueu foi corno, e corno de um soldado: Marco António por corno perdeu a c`roa; Anfitrião com toda a sua proa Na Fábula não passa por honrado; Um rei Fernando foi cabrão famoso ( Segundo a antiga letra da gazeta) E entre mil cornos expirou vaidoso; Tudo no mundo é sujeito à greta: Não fiques mais, Alcino, duvidoso Que isto de ser corno é tudo peta. Manuel Maria du Bocage