sexta-feira, 6 de maio de 2011

ATEU ADEUS

Oh, musa titular do mijadeiro
Que forças tive no hórrido marsapo
E tu fado, que não permitiste que deixasse conos e cus feitos num trapo
E tu titular, não terás uma vez pena de mim e enterrar-me em ermo outeiro?
E sonho com o meu corpo em decomposição
E dele nascer belas árvores e a mais linda vegetação…




-4-2011




Rui Alexandre Sousa
Quando eu bebo
Não bebo para esquecer
Bebo para ficar calmo
E perceber




Rui Sousa




3-5-2011
Isto é tudo o que eu não quero ser



XXVIII




Uma noite o Scopezzi mui contente
(Depois de borrifar a sacra espada
Que traz de rubra fita pendurada
Com cuspo e vinho, que vomita quente;)


Conversava com a esposa em voz tremente
Sobre a grande ventura inesperada
De ser a sua Plácida adorada
Por um Marquês tão rico e tão potente:

A velha lhe replica «Isso é verdade,
Enquanto moça for, nunca o dinheiro
Faltará nesta casa em quantidade.


Mas tu sempre és o tafulão primeiro:
Pois tendo cabrão sido noutra idade,
És agora o maior alcoviteiro! »



Bocage
Psicose esquizo paranóide com sintomatologia residual ?


Devo ser um caso sem igual
Um esquizofrénico muito especial
Há 12 anos que estou em tratamento
E estou cada vez mais anti social
E agora deu-me para ter visões ao longe
E quando chego lá perto felizmente não está
Lá nada do que eu imaginava.
O que não me parece residual
É às vezes a incerteza do que é real ou irreal
E o álcool funciona como um ansiólitico
Até certo ponto
Porque se eu
Passar um bocado desse tonto
Posso ficar perigoso
Mas o coração já me falha
Por não ser amado por outrem
E pelo meu apetite pela auto destruição



20-4-2011





Rui Sousa
Isto não é ser cusco
É dar de cara casualmente
Pensar um pouco
E sem surpresa já é evidente
Depois de (brincarem) estudarem
Ao doutor e à paciente
E vice versa
Para ele não ficar mais chupado
E ela ir perdendo os calores
Ela veio pelo menos
Duas vezes da Póvoa
Do Loureiro a pé
(isto não é vergonhoso?)




isto já é ser cusco
Ou então
Deixou-a meio quilómetro
Mais atrás
Para que o pavão
Não suspeitasse





Grande é o homem que gera ódios e paixões
A mulher ergue o ego do homem
Ao rogar-lhe pragas, maldições e a morte
Fingidas indiferenças
Forçosos desprezos


R:F:S

S.O.S.

Psiquiatria interna
Finais de Março de 2008


Internaram-me na psiquiatria interna mais pelo alcoolismo do que pela esquizofrenia, estive a soro e a tomar medicação para o alcoolismo. Tudo o que comia vomitava, até que na segunda noite estive sempre a vomitar e tomei como realidade que havia um doente que me queria matar e incomodei os enfermeiros às 4 da manhã e eles deram-me comprimidos s.o.s. Ainda foi pior, comecei a vomitar em seco, a ter alucinações com bonecos do bugs bunny que apareciam no escuro. As meninas dos meus olhos quase tocavam uma na outra. E pensei que se sobrevivesse ao nascer do sol sobreviveria. O excesso de comprimidos e a combinação deles estavam a dar-me overdose e quase ao nascer do dia ouvi uma ambulância e pensei que era da Pampilhosa e ia levar-me para eu morrer em casa Um enfermeiro achava que era melhor pôr-me no cinto e dar-me choques eléctricos, mas outro foi do parecer que eu estava tão débil que seria pior. Afinal nasceu o dia e sobrevivi, mas ainda mais enlouqueci…Nas colunas de música encaixadas na parede do quarto tinham ranhuras de humidade que me pareciam rostos de homens. Numa tive a nítida impressão de ter visto Camões laureado pela coroa de espinhos de Jesus Cristo...Eram nove horas e estava tudo atrasado para o pequeno almoço por minha causa e um obsessivo compulsivo ao ver-me naquele estado desatou a chorar e a dizer: - Este rapaz, que morte horrível. Andava sempre a incomodar os psiquiatras a dizer que estava a lutar contra um A.V.C., e uma psiquiatra disse: - De facto ele está pálido e tem os olhos muito brancos, e depois fechou-se no gabinete, e eu ouvi dizerem lá dentro, Sofia se ele entrar avise-me. Eram 9h e meia. De facto abri a porta e disse doente e espantado, Sofia? Comecei a fantasiar que era a Sofia da Pampilhosa com quem ainda me dava minimamente e já era doutora, pois ali estava ela. Ao que ela respondeu com um ar zangado. Eu sabia que estava um trapo e só queria dizer o quanto estava feliz por ela mas as palavras saíam-me com baba e fazia-me confusão o entender porque ela estava tão enojada.. Nos outros dias é que vi que essa doutora era um bocado parecida com a estudante mas com beleza inferior. Hás 10 horas veio a minha médica doutora Isabel Boto e viu o meu estado e deu-me um comprimido Seroquel 300 mg, um Lorenin e um Risperdal Quickly. Em meia hora os meus olhos passaram de brancos a vermelhos. Apesar de nos três primeiros dias ainda tremer sobretudo no pescoço, depois, nos outros dias continuando a tomar a merda da medicação certa vi que naquele dia fui um grande maluco, mas nos outros dias vi que não era assim tão doido.





Rui Sousa


25-4-2011
Contigo não…
Ainda me pegavas
O herpes labial
A sífilis
E outras doenças venais
E pela maneira como andas a beber
Alguma hepatite
Ou uma infecção no pénis
Derretido o preservativo
E uma mulher bêbeda
E desinibida
Engole tudo o que rejeitaria
Se estivesse sóbria





Rui Sousa
Finalmente comecei a sentir a solidão
E sinto-me violento

O meu tio tem um bom quintal
Para eu plantar…sementes de batata marafona?

Divago


Vou pegar em ti
Pôr-te no meu colo
Com a barriga assente nas pernas
E a cabeça para baixo
E a bunda para cima e ao léu
E dar-te umas palmadas
Pelas tuas atitudes vulgarizadas
E numa mimosíssima
Nalga branquíssima
Dar-te tão valente palmada
Que ficará uma semana
Semi-tatuada
Shut your mouth
Hey man I`m just talking about something romantic
Transcendence to consequence
Not condescence
Who are we
Who you are

Shut your mouth again
Hey man I started speaking about sementes de batata marafona

Mas o que estás a escrever…
Isto é tudo o que não queres ser?!:::

Divaga, divaga
Que iluso
Terás fatal paga


Rui Sousa

25-4-2011
É por ter fatigada a mente
Que por vexes me cai uma lágrima inconsciente
É por ser um escravo ausente
Que me rio estupidamente
É também por saber
Que se olhasse fixo nos teus olhos
Mentiriam mais que as minhas palavras
Apesar de muito te querer
Não devo querer
É por isso que me cai
Uma lágrima inconsciente
Por que me rio estupidamente





Rui Sousa




17-4-2011
Se não tens pejo
Se não tens pudor
Se andas conforme manda
A fútil revista Activa,
Porque é que escrevi isto?







25-4-2011





Rui Sousa
Ainda bem que este poema perdeu o simbólico
Mas mesmo assim
Não quero escrever isto
Mas o meu orgulho…

Vossa mercê pensa que eu seja
Tão ridículo ao ponto de me importar
Com essas risadinhas hipócritas
Que troca com mais um dos Pãs dos seus namorados?
Para que é que tirou a carta?
Eu acho mais ridículo que uma mulher
Já numa década do século XXI (já no século XX era vulgar)
Tenha a carta e um carro e tenha fobia de conduzi-lo?
Com que moral vai tirar ou abrandar as fobias dos seus pacientes
Se não consegue vencer as suas?
O que será de si com toda a sua formação
Quando encarar a sós com um esquizofrénico violento
Com quem estive internado e que os próprios psiquiatras
Da psiquiatria interna tinham medo dele?
Eu tenho as minhas desculpas para não conduzir um carro.
Além de não ter dinheiro e como logo ao princípio
Não me interessa ser mais um nojo com um brinquedo novo.
Mas agora vossa mercê que é tão perfeita

Contudo mantenha-se assim
Já tenho fantasmas mais que suficientes
Que me assombrem a mente
Mais que suficientes na negativa

Mas hoje acabo de ver que é baixa
E não me refiro ao seu m 55cm
Quem és tu para aterrorizar
Um homem morto?

6-4-2011

Rui Fucking Sousa

NÃO QUERO ISTO

Embora eu ache que davas
Uma boa psiquiatra ia me custar
Se um dia te visse a estagiar
Na psiquiatria do H.U.C:
Falando aquela linguagem de doutores
Que acho tão absurda e pela qual
O Diabo se masturba nos abismos
E não queria que com o passar dos anos
(se ainda existir) fosses minha psiquiatra
Porque podias fazer de mim o que quisesses
E eu podia exaltar-me e revoltar-me
E bastava-lhe carregar num botão
Para vir um gorila e internar-me




Rui Sousa
Todos dizem que é
Impossível eu ser como sou
Não peço ajuda e não sei por onde vou
A ajuda não se pede, aparece quase no fim
E guardo a minha angústia dentro de mim






Rui Fucking Sousa
As pessoas querem a minha morte
Têm inveja de um homem que só existe?
Umas palavras sábias que eu guardei
De um psiquiatra foram
«para o corpo estar são
Primeiro está a saúde mental.»
E só eu sei o quanto estou doente
Debilitado, sem saúde física e mental
Assim de nada me vale o meu temperamento instável






Rui Sousa





6-4-2011
Todos os dias me deito morto
E acordo morto
A verdade é que não tenho
Saúde mental
Nem física
Cancro na garganta e nos pulmões
(malditos cigarros que sabem tão bem)
Cancro no pâncreas (abuso de álcool)
E o pior …cancro no pénis (deve ser pelo cesso)
E como o filme Morrer em Las Vegas
Não me vou tratar
As dores vou aguentar
Para com muito sofrimento
Um pouco mais durar
Não sei se junte dinheiro
Ou se vá só com o dinheiro da passagem
Do autocarro que vai para as Astúrias
E vá morrer em Gijón
E viverei intensamente
E serei se o meu tempo durar
Em Espanhol um autor anónimo



Rui Sousa
Marias e Sofias já se equilibram entre as feminis gentes
Anas e Dianas são comuns e repetentes
Só Juliana e Maria João aos poucos vão sendo patentes



Velhotes, donos do mundo
Tu, com toda a tua «avultada» sapiência
Não passas de um velho senil
No Império Romano vasto e fecundo
Senador vinha de senil (estranha inteligência)
E tinham as mais belas escravas sem ardil
Um bom velhote
Era D. Quixote
Que vivia na utopia do seu mundo
Onde era cortês, valente e um louco gracioso e porreiro
Há donos do mundo
Que ainda o tornam mais imundo
E vejo nos seus olhos, só a cor do dinheiro
E enquanto os jovens não têm adolescência
Aos 20 anos têm mais honesta inteligência
Do que tu, bomba química de insuportável cheiro
E se alguma de vós, jovens mulheres
Gananciosas dessem o braseiro
Ao velhote, talvez ele abrisse
O cofre e lhes consolasse o mealheiro



DINHEIRO…DINHEIRO…Dinheiro…
Alguma de vós quer dar a rata
Para ser a gata
Do velhote tesoureiro?...



Na verdade este poema foi inspirado numa já vazia garrafa de Porto Velhotes

QUANDO AS MARAFONAS SE CASAM

Só quero falar da religião cristã
Igrejas
Falsas instituições
Com os seus podres casamentos
ACHO QUE VOU VOMITAR


Haviam de ser algumas
Dessas marafonas de alta sociedade
Não digo que não sofram de chantagem psicológica
(Isto atinge todas as classes)
ou que eles sejam mansos e aceitem tudo
ou que se deparem de xofre
com dois homens com quem
no passado ela fornicou
E fique no ar sufocante sintoma presente
Para que é o virginal vestido de noiva?
Outrora uma mulher
Que perdesse a castidade sem casar
Raramente a queriam para esposa
Então, enclaustravam-se em conventos
Ou se tivessem gostado da paixão
Fornicadora iam para putas

E uma desgraçada da classe baixa
Que tem um marido que é um
Jumento bêbado e todos os dias
Lhe dá porrada, porque só assim
Endireita a porra?


Rui Sousa




17-4-2011
Se quer casar com a minha filha
Como vai sustentá-la?
-Com 2000 euros mensais!
-Òptimo! Dou à minha filha 1800 euros mensais
Com mais os seus 2000 vão viver bem!
-Senhor, nesses 2000 euros mensais estão incluídos
Os 200 euros mensais que eu recebo

….




Rui Sousa
Disse um gigôlo drogado a uma
Cota que adorava ser chulada:
-Com duas dozes de M.D
Faço sexo a noite inteira.
E disse um drogado de heroína:
-Se tu com 32 anos precisas de M.D
para foder estás é fodido.





Rui Sousa

O QUE EU TENHO LIDO

No início do tratamento
Estava tão vulnerável e deram-me
A ler o livro Entrevista com o Vampiro de Anne Rice
Que é muito mais pesado que o filme
E era um leitor por vezes compulsivo e repulsivo
Mas se fosse agora nada me daria mais prazer
Uma autora muito boa que apesar
De só ter lido um livro «Persuasão»
Jane Austen e adorei o filme baseado
No livro «Orgulho e preconceito»
Gosto muito do «Ingénuo»
Desiludiu-me «A metamorfose de Kafka»
Encheu-me as medidas
«O sonho de um homem ridículo»
«Coração débil»
E agora estou a acabar Noites Brancas»
Três obras do genial Fyodor Dostoyevsky
E fez-me a delícia seis livros
De vampiros de Sebastian Rook
Que eu comprei

O crepúsculo dos Vampiros
1850
Londres
1850
Paris
1850
México
A Praga
A Epidemia
O extermínio
E também me surpreendi com um livro de um amigo meu da mesma editora Carlos Edgar « A mulher lobo que vestia cor de rosa ». E não me posso esquecer da minha bíblia, O ENGENHOSO FIDALGO D. QUIXOTE DE LA MANCHA
De José Saramago o único livro que me deu para ler até ao fim foram«As intermitências da morte». Gosto mais de António Lobo Antunes, apesar de não ter gostado dos Cus de Judas, gostei da Ordem natural das Coisas, mas admiro José Saramago que ateu convicto em sofrida morte não creio que tenha pedido nada a Deus.
Eu só editei um livro e tenho um blog
Apesar de há dois ou há três anos
Ter visto no site da editora
Que este livro foi lido por
Miguel Sousa Tavares
António Mota
Isabel Alçada
Bianca Rinaldi

ISTO É O QUE EU DESEJO

Outrora classificaram
A minha poesia
Como locus horrendus
E apesar de eu achar
Que cada (bom) poeta tem o seu estilo
Aceitei, porque assim eram
Classificadas as de Pessoa e Bocage
E depois disparei sátiras
Mas hoje estou com a mente lúcida
E linda menina aquilo que mais desejo
Era que me perdoasses
Porque não bem nem mal
Escreverei mais sobre ti
E os excessos da minha adolescência
E o que restou da minha juventude
Tiraram-me as forças na força da vida
E além da nossa diferença de idade
E posições sociais
Sou muito intolerante
E obsessivo para manter
Uma relação saudável



Rui Sousa




29-4-2011
Perdoe-me doutora Suzana
Licenciada ou lá o que for
Agora que você está grávida
Nunca lhe reconheci curvas tão apetecíveis
Será uma das poucas mulheres
Que vai melhorar depois de parir
No nosso primeiro encontro
Eu não a conhecia e você
Parecia que me conhecia
E levou-me de carro a casa
E eu caí na estupidez de fumar um charuto
E vi-a de olhos revirados
À espera de um beijo
Mas quando estou sobre este efeito
Fico muito atento aos pormenores
E você não me pareceu bonita
De corpo parecia um esquife
E eu não queria morrer
E deixei-a, porque apesar
De gostar de mulheres fáceis
Você exagerou na dose



Rui Sousa




25-4-2011

ÚLTIMO VÓMITO

Alegrem-se, façam orgias
Fatais, esquivas musas
Que as palpitações que sinto
No corpo todo, aumentam
De dia para dia
E até já fujo do sol
Porque se o sol estiver a pino
E eu começar a estar alcoolicamente
Mal disposto, será o último vómito






25-4-2011



Rui Sousa

AS RUBY PORTUGUESAS

Andam por aí umas tesudas
Com calças estilo turquesco
Assim sendo venarei Allah
E pedirei a Mafoma
Para ser um Sultão
Ou um Cid Marroquino



Rui Sousa


28-4-2011




E seria mais prontamente
Atendido pelo barbeiro de Sevilha
Do que pelos milagres de Fátima
Ou pelos milagres de Mafoma
Ou Bento XVI acreditar em Deus.
Frágeis mortais
Com ideias fatais
Já pensaram em consequências
Impensáveis?
Ou são escravos do romantismo do dinheiro?....







27-4-2011



Rui Sousa
Pampilhosa, linda, gótica no Inverno
No Verão sou um anjo entre as chamas do Inferno
È infinito o meu sofrer
Fazem festa pimba à beira da minha casa
Fico pela má música com as orelhas a arder
Sou obrigado a ficar com um grãozinho na asa
E fujo da festa
Perseguem-me os fantasmas dos meus amores
E descarrego a minha fúria na floresta
E têm pena de mim os nocturnos pássaros carpidores
Que silenciosos respeitam as minhas dores
E pela minha alcoolizada mente
Tenho a visão
De ver uma mão numa sepultura a abrir uma fresta
E aparecendo um vulto de repente
Toca-me na mão com a descarnada mão
E nascendo a alvorada esgueira-se por outra fresta
(malditas frestas)
E penso nas escolhas, ou o que me resta
Ser um homem morto
Ou um morto vivo
Mas nunca o meu sonho
De ser um vampiro imperceptível
Sedutor, e por malvadez risonho
E pobre louco, quando já tinhas
Em mente pelo menos três companheiras
Já sentes as dores, tão verdadeiras.



23-4-2011



rui Sousa
Eu não sei quem é este tipo
Que escreveu estas coisas
E usurpou o meu nome…
Mas como diria Jack Sparrow:
- Mentira, calúnia e difamação.





Rui Alexandre de Almeida e Sousa





30-4-2011