sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pampilhosa, linda, gótica no Inverno
No Verão sou um anjo entre as chamas do Inferno
È infinito o meu sofrer
Fazem festa pimba à beira da minha casa
Fico pela má música com as orelhas a arder
Sou obrigado a ficar com um grãozinho na asa
E fujo da festa
Perseguem-me os fantasmas dos meus amores
E descarrego a minha fúria na floresta
E têm pena de mim os nocturnos pássaros carpidores
Que silenciosos respeitam as minhas dores
E pela minha alcoolizada mente
Tenho a visão
De ver uma mão numa sepultura a abrir uma fresta
E aparecendo um vulto de repente
Toca-me na mão com a descarnada mão
E nascendo a alvorada esgueira-se por outra fresta
(malditas frestas)
E penso nas escolhas, ou o que me resta
Ser um homem morto
Ou um morto vivo
Mas nunca o meu sonho
De ser um vampiro imperceptível
Sedutor, e por malvadez risonho
E pobre louco, quando já tinhas
Em mente pelo menos três companheiras
Já sentes as dores, tão verdadeiras.



23-4-2011



rui Sousa

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