quinta-feira, 27 de maio de 2010

FLUTUANTE ABISMO

Quando eu libertar o coração
Talvez encontre uma nova via,
Encontre um belo dia.
Uma nova estação
Que transforme a minha melancolia
Em nova e sincera alegria.

É tudo uma questão de razão
Quereres tocar belos corações
Incógnito no vaivém de comboios na estação.
Entristecer ou alegrar conforme o clima das estações.

Ou talvez se eu mentisse
Como tanta gente fez e faz,
Talvez eu me redimisse
Levantado do chão por minha vez.





20-5-2010




Rui Alexandre Sousa

TORMENTO

Afastas a cidade
Solta dos teus eriçados cabelos,
Porque a vida é o tormento
Em que se emana fedor dos teus chinelos.






Eu não sou ninguém, mas quem gostar de uma leitura pura e emotiva, gostaria que lesse Meu pé de Laranja Lima De José Mauro de Vasconcelos.





Há muito tempo que procurava este livro e finalmente para meu gosto o encontrei.





Rui Alexandre Sousa
Teenage runaway
Live fast die young

Kill your idol

Charlie don`t surf

Shit happens

Never too young to die

I like the pope
The pope smoke dope



Um dia vou estampar esta quadra de António Aleixo numa t-shirt:



Sei que pareço um ladrão,
Mas há muitos que eu conheço
Que não parecendo aquilo que são;
São aquilo que eu pareço.




















Segue(o) o atalho
Para o princípio da noite
Como um retalho
Longe da civilização pernoite.
A lua está cheia.
Foi pelo homem violada.
Está prestes a explodir.
A minha dor é 1 hora e meia.
Quero-te de mim afastada,
Mas vejo o teu lindo sorrir.
Porque não faz nada Diana?
Ter-se-á tornado humana
Naquela que amo e por quem fujo?
Os meus sentimentos possessivos
Tenho de os extravasar em sítios esquecidos…
A minha cabeça tem mil explosões num abafado rujo.
Em gestos e vícios que só pra mim se voltam agressivos
Em infinitos pensamentos feminis neste contraste tão apetecidos.





19-5-2010



Rui, o miserável
Que sofre por Diana
E despede-se de Afrodite.

ANGÚSTIA II

De repente fez-se um sol abrasador
Que apanhou desprevenido
Diego Tristan, Alexandre Navarro, quanto mais Rui Sousa.

O sol está a pino.
Vamos, recobremos um pouco de tino.
Parecemos expostos a invencível prova...
A cada dois passos pisamos uma pequena cova…
Procuremos entre pequenas sombras
Chegar ao refúgio
Da amiga solidão,
Da amada escuridão.





Diego Tristan, Alexandre Navarro, Rui Sousa




15-5-2010





Só Abel Agreste o Alentejano se divertia

ANGÚSTIA

Tudo o que pensas saber
Babe,
Está errado.
Tudo o que pensas poder
Está pesado.
Tudo o que virás a ter
Está ultrapassado.
Porque o teu espírito vive cá.
Querida, vamos lá.
Mas, tu sabes quando beijar.
E sabes quando ausente
O teu beijo pode matar.

Oh! Para quê a vida?
Se eu nem sequer
Eternamente
Vou viver.
Ainda se num enigmático papiro
Pudesse estudar a ténue
Possibilidade de vir a ser vampiro…
A única coisa que sinto é dor.
Por isso embora doa demais,
Faz-me sofrer mais,
Meu amor.



14-5-2010



Defecano



A razão que à minha razão se faz é tão sem razão que com razão me queixo da vossa formosura.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

1



Ah! Se alguém pudesse contar
As voltas que a greta dá
Para que possa encontrar
1 GRANDE amor.



2



Gente finíssima.
Gente famosíssima.
Gente de aparência.
Gente sem importância.




3




Que gosto me dá ouvir
Aquelas professoras de ar snob
Que quando puxam pela voz
Soltam um som estridente.




9-5-2010





Rui Sousa
Todas as mulheres
São o que quiseres
Decano endinheirado
Com sorte.
Mas o excesso de viagra
Pode ser a tua morte.


Para as pudicas, frígidas, manientas, para as que mais rodadas que 13 carros de fórmula um querem ser tratadas como donzelas, aqui ficam duas oitavas do poema Ribeirada do poeta Bocage (Bardo do Sado) que eu sei de cor:


Tendo o cono patente no sentido
Na barriga o tesão lhe dava murros.
E de activa luxúria enfurecido
Espalhava o cachorro aflitos urros.
E com a lembrança do vaso apetecido
O nariz encrespava como os burros.
Até que em vão berrando pelo cono
De todo se entregou nas mãos do sono.


O brando coração da fêmea alcança
Com finezas, carícias e desvelos.
A qual sobre a vil cara emprega e lança
(Tentação do demónio) os olhos belos.
O fodedor maldito não descansa
Sem ver chegar o dia em que os marmelos
Que tem juntos do cu, dêem cabeçadas
Entre as cândidas virilhas delicadas.



5-5-2010




Rui Alexandre Sousa

MELHOR

Pelo percurso
Que fiz
Estarei morto.

Pelo teu nublado discurso
Com que ris
Serei um vivo aborto?





4-5-2010







Diego Tristan

ANOTAÇÃO

Talvez pelo pai abandonado
No precipício da adolescência.
As tentativas de suicídio
Me tenham seduzido e tentado.
Por um amor doentio, obsessivo,
O álcool em excesso
Com drogas misturei.
Ou foi a minha hipersensibilidade
Que faz de mim o que não sei?


E as pessoas que mais amei
Foram as que menos toquei.




2-5-2010




Que desespero não
Conseguir deixar de escrever.





Rui Alexandre Sousa
No deserto de ideias
Vi um pescador
Em marés alheias
Tentando pescar sereias
E vi nas suas redes a silenciosa dor.

Do seu barco
Eram vizinhos seus os tubarões,
As gaivotas que se aproximavam…
Desejava ter dois corações
Para dar às sereias que se não divisavam.
(Farto das que se humanizavam)

Estava da costa distanciado…
Não tinha forças para remar.
Não chorava nem auxílio procurava.
Os seus sentimentos contrariava,
Até que uma só lágrima caiu no mar…
E a princesa das sereias
Nereida, despertou
E perfeccionista wellcome to the jungle
Lhe cantou.





1-5-2010




Rui Alexandre Sousa