sexta-feira, 23 de março de 2012


Eu tenho estado sozinho, sol,
Angustiando um sentimento que desconheço.
Eu tenho estado sem ti, álcool
Angustiado, porque um pouco me conheço.

Oh, aqueles olhos
Docemente misteriosos.
Oh, os meus olhos
Luxuosos lastimosos.

Mulher, por ti estou sozinho
No mais puro isolamento.
No mais puro desalento
De quem caminha sem caminho.





11-3-2012




Rui Sousa

Não dêem essa farda, esse militar uniforme
Sobre quem o repudia e dorme…
A descriminação está nos dois lados.
Feliz de quem dorme nos fados.
A tua ausente pressão
Que devia desenganar o coração
Está a desgastar a razão.
Fadário de Lobisomem
Para a pele branca, lisa, nua.
Ou um pobre homem
Uivando para a lua.
Tu esqueces-te é daquilo que eu sei
Sobre ti em relação a mim…
Eu sou o tal pobre
Que de mulheres
Só gosta de coisa fina.
Não me agrada bijutaria.
Assim não fecundo poesia.
E sou pobre, mas sou amável.
E disfarço-me de Maquiavel.


2012




Rui Alexandre Sousa

Um sobre nada
Num sobretudo.
Pensamentos…mãos de veludo
Áridas pela greta mais gretada?
E os grandes poetas tiveram vida desgraçada.
Apesar de tudo, considero-me um sortudo.




Mas sou o sombrio crepúsculo.
E tu és o esplendor da alvorada.




14-3-2012




Rui Sousa



Ranho de fraca cocaína
Que para se elevar
Quem quer passar incógnito precisa rebaixar…
Essa podre, velha ruína.





2012





Rui Sousa

segunda-feira, 12 de março de 2012

PALOMA GÓTICA


Branca pomba
Que me extasiou.
Negra bomba
Que estilhaçou
Em mim,
E assim
Me deixou…
Pele imaculada
Por góticas tatuagens
Nos braços tatuadas.
Piercing nos lábios delicados,
Muito beijados y mui chupados.
Mamilos erectos como as pontas de duas setas.
E vindo-se como se tivesse duas gretas.
Mulher que me fez perder vergonha.
(Ah! The shame of the artist).
E sempre alto lhe dei a conhecer a minha pessoa. (pessonha)…
E agora no corvo, vejo na sua óptica
A imagem da PALOMA GÓTICA.










3-3-2012





RUI ALEXANDRE SOUSA

Apesar de teres mais méritos próprios
Caíste na vulgaridade
De me lembrar quem eu nunca devia lembrar…
Amante de fumadores de ópios,
Quem nunca teve humanidade
De verdade amar.
Sedento de prazeres
Tentei outro coração,
Nós, sedentos, louco
Que disse que (as mulheres
São como os carros, precisam de manutenção),
E na minha tristeza pensei: - deves valer bem pouco.
E o meigo olhar que persuade
Um mecânico, um mar Atlântico,
Ou um projecto de satânico
Que deste anjo arde de saudade.






Diego Tristan




5-3-2012

SIMPATIA PELO F.C.PORTO


Simpatizo com o F.C.PORTO não só
Pela preponderância nos troféus
Que mais nenhum clube português tem,
Mas também que para os fanáticos
Dos outros clubes, parece ser crime
Simpatizar com o F.C.PORTO.









3-3-2012










Rui Sousa

Confesso que não trabalho.
Pregar pregos só nos pulmões.
Os sentidos em todas as direcções…
E sonho que posso fazer acontecer o sonho e me embaralho
Nas confusões dos corações.




Mas tenho mãos de poeta…
Delicadas e dedicadas
A nadar nas peles molhadas
Das mulheres e no odor mais puro e embriagante da greta.
E na pele esguia
E escorregadia
Não as deixo escapar, húmida, erecta,
Carnal poesia.




28-2-2012







Rui Sousa

Aí vem a dor incolor
Do funerário animal
Que na aparência não é feio.
Mas não quer viver amor
Platónico (e) ou irracional
Em sítios que eu odeio.





2012








Rui Sousa

Eu não sei o que estou a fazer…
Ando há tanto tempo a correr
Que nem sei o que estou a escrever.


Vomitou numa sombria mata
Quando nasceu o sol e ele com uma trabuzana,
E viu uma mulher tão feia que parecia uma rata
Tão maltratada como a sua rata.
Mas não faz mal que eu pareço uma ratazana.




9-3-2012





Rui Sousa