sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DEMÓNIO NA IGREJA

Alcoólico

Dentro da igreja entrei
E por natureza agonizei
E já lá fora vomitei
Os anjos me agrediam
Com caras feias e palavrões
Os arcanjos não me defendiam
Querubins me rogavam maldições
A menina baptizada que tanto chorava
Parecia que pela água benta
Era queimada
Vi sangue a cair
Dos olhos de Jesus Cristo
Para depois voltar a subir
E entrar-lhe nas meninas dos olhos
E se tornar verde por descrever
E ser possuído pelo corpo de Lúcifer.
Não sei quanto tempo isto durou
Quanto meu coração se sobressaltou
Até que acabou…
Ingeri muito álcool
E depois isolei-me na floresta
Longe do sol
Até que uma voz na minha mente
Me disse de repente:
Agarra o Diabo
Não largues o cabo
Não fujas da festa
Não uses a floresta




22-10-2010





Rui Alexandre Sousa

A BÊBEDA

A mulher embriagada
Por qualquer um é fornicada
E achando um macho atraente
Empurra-o para a rua
Qual loba ao ver a cheia lua.
Mas o pobre é apanhado de repente
E não está potente,
Mas ela trata disso com a boca
E qual chítara de esperma na sua toca
Ela afinal vem-se pelos outros dois canais
O pobre macho afinal é humano
E ela esquece essa noite
E as demais
Até que lhe bate como um açoite
O período está atrasado
E já tendo a certeza que está cheia
O pouco álcool que bebe vomita
Mas não sei porque ideia
Nem da figura quanto mais do nome do pai
Está na mente guardado
Ou por estranha crença
Quer parir esta criança
Mas durante a gravidez
Continua a beber
E nasce uma criança de saúde débil
Desprovida de altivez.





222-10-2010






Rui Sousa

A RAINHA

Vendo esta rainha
Mais feia que uma tainha
Compreendo porquê
As mulheres gostem
Que lhes chamem
Princesas em vez de rainhas.
Esta rainha
É a combinação
De uma ratazana
Com uma baleia.
Mas todos a fodem
(estranhamente)
Desde que tomem banho
E não lhe digam que ela é feia.
E já fez dois abortos
Como ela.

3 PARIDEIRAS

Esta princesa
Já pariu duas vezes
E outras tantas pariria
E qualquer homem
A engravidava
Até um decano
De oitenta anos,
Porque ela é o
Viagra humano.
Minha eterna avó Tina
Faz hoje
Dois anos que faleceste
Da morte que não se atrasa
Nem foge
Tiveste uma morte
Tão sofrida e repentina
Ajudada pelos teus dois netos
Quais aves de rapina
Que apressaram a tua triste sorte
Tu que passavas mal
Para que nós estivéssemos bem
(embora por mim não fosse tão necessário)
Só agora de grande mulher sinto o teu valor
As tuas auto privações e ralações foram de tal
Ordem que me sinto um irracional, ninguém,
Um mendigo de ti cheio de fome e de dor
Pois só agora passo fome
(como tu previas) agora reconheço o teu valor
Mas se de Deus existe de estrelas céu,
Uma estrela mais brilhante apareceu.






Rui Alexandre Almeida Sousa




2-11-2010
Às vezes em lugares certos
Mil imagens a mente me finge.
Ás vezes em lugares incertos,
Um Maremoto de longe me atinge.





Rui Sousa






2-11-2010
Vendo burros a mandar em homens de inteligência,
Ás vezes chego a pensar que a burrice e a estupidez são uma ciência.


António Aleixo


Agora não existirá uma ténue comparação?



Eu não sou aquilo que sou.
Sou aquilo que os outros querem que eu seja.
No entanto, parecendo que o sou,
Nunca sou o que os outros querem que eu seja.

Sou um louco de amores
Não vejo senão paredes.



Joaquim de Sousa
Poeta, filósofo e pedreiro Pampilhosense.

No entanto a minha loucura preferia:
Sou um louco de amores,
Não beijo senão paredes.




31-10-2010
A poesia é uma violação da mente….
Experiência repetida
Mal vivida
Violação consentida?





Rui Sousa