sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

SONETO VII

Não lamentes, Alcino, o teu estado, Corno tem sido muita gente boa; Corníssimos fidalgos tem Lisboa, Milhões de vezes cornos têm reinado. Siqueu foi corno, e corno de um soldado: Marco António por corno perdeu a c`roa; Anfitrião com toda a sua proa Na Fábula não passa por honrado; Um rei Fernando foi cabrão famoso ( Segundo a antiga letra da gazeta) E entre mil cornos expirou vaidoso; Tudo no mundo é sujeito à greta: Não fiques mais, Alcino, duvidoso Que isto de ser corno é tudo peta. Manuel Maria du Bocage

Sem comentários:

Enviar um comentário