segunda-feira, 12 de outubro de 2009

500 ANOS

Quem me fez
Não estranhei
Nem perguntei
Quem és.

Em 500 anos de obscuridade
Nada sei de Deus ou do Diabo.
Sei que para mim mais macabro
São vagos raios de claridade.

Pensei não amar ninguém.
Mas da minha suposta casa abandonada
Do escuro vejo numa janela uma dama saudando a manhã.
Mais delicada e mimosa que alguém
Que por mim foi muito amada
No abismo que existe entre um anjo e Satã.

Ninguém ama mais que um vampiro.
Como do lobo uivos que me ressoam
Pela morte da loba que para sempre escolhi.
No meu sombrio retiro
Matei milhares de pessoas,
Mas não consigo fazer mal a ti.





Rui Alexandre Sousa

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