Tão doce criatura
É no meu coração diabrura.
Palpitação que perdura
Na mente inconstante gravura…
Penso que o meu aspecto
Estranho ela não estranhou.
Julgo que o meu dialecto
Tremente a segurou.
Estranho que não sendo concreto
Um gesto seu me concretizou.
Falei-lhe do poético projecto
Que afinal não rimou.
E sou afinal o objecto
Que ela não usou?
Ou tu preferes
Um amor astuto
Que escraviza mulheres?
Talvez já experimentado tenhas
Um amor sincero, bruto
E por isso te venhas
Vingar do meu amor sem fruto?
12-4-2008
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
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