segunda-feira, 12 de outubro de 2009

AMOR SEM FRUTO

Tão doce criatura
É no meu coração diabrura.
Palpitação que perdura
Na mente inconstante gravura…

Penso que o meu aspecto
Estranho ela não estranhou.

Julgo que o meu dialecto
Tremente a segurou.

Estranho que não sendo concreto
Um gesto seu me concretizou.

Falei-lhe do poético projecto
Que afinal não rimou.

E sou afinal o objecto
Que ela não usou?

Ou tu preferes
Um amor astuto
Que escraviza mulheres?
Talvez já experimentado tenhas
Um amor sincero, bruto
E por isso te venhas
Vingar do meu amor sem fruto?





12-4-2008

Sem comentários:

Enviar um comentário