A minha
verdade «melancolia»
Estava entre
o dia e a noite…
Acordei
entre a noite e o dia
Com
maquiavélica harmonia
Que em tudo
se afoite.
O portão
parecia
Pela
ventania
Escancarado
A sair nos
pensamentos pendia
Quando bato
no portão, afinal fechado.
Tudo me
parecia fora da rotina:
Os gatos sem
comida para mim bufavam
E da boca
espumavam
Parecendo
uma seta repentina.
Arrependi-me
de estar acordado,
Porque o
coração batia na patavina,
Descompassado…
Quem dera
mostrar alegria.
Ter pela
vida energia.
Forcejava
por ter mental saúde
Que não
tinha…tinha a alma esguia.
Prenderam-me
sentimentos de que fugia…
Abateu-se-me
no espírito o INFERNO DO CIÚME,
E todas as suas lascivas a acções eu via.
E amar
solitário quase em segredo
Torna o
coração azedo.
E a mente de
mim fugia
Sobre uma
visão que ardia…
Morto em
fogo pela sua indiferente maestria.
E assim era
ela a tal, a única que eu queria,
E todos os homens
tinham por ela inveja,
E do que
troca de carro (como qualquer porcaria).
E por muito
insensível que ela para mim seja,
Pelo seu
olhar misterioso.
Ou vaidoso,
Ou, enfim,
ternurento,
Põe-me
ciumento.
O meu
coração negreja.
E o meu
pouco valor
Foi por fim
vomitar no chão da igreja
Meu amor.
27-3.2012
Rui
Alexandre Sousa
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