sábado, 9 de maio de 2015

A MINHA MÃE, UM ANJO

Deu à luz o filho do Diabo
Logo à nascença, o médico
Tirou-lhe uma asa de anjo
E uma grande asa de morcego
Mais tarde em vão, apaixonou-se
Pela Messalina
Que lhe inspirou bela poesia
E com ela brutalmente
Declarou guerra ao mundo


Viu uma pobre Maria
Enfarpelada nuns trapos
Para qualquer mau carácter
Velho de ferrão azedo a escravizar
Para sempre
E quando viu isto falou consigo
«Sugiro que façamos estragos»
E desvirginou a ninfeta
E ainda a mãe ninfomaníaca



2015




Rui Sousa

Sem comentários:

Enviar um comentário