A MINHA MÃE, UM
ANJO
Deu à luz o filho
do Diabo
Logo à nascença, o
médico
Tirou-lhe uma asa de
anjo
E uma grande asa de
morcego
Mais tarde em vão,
apaixonou-se
Pela Messalina
Que lhe inspirou
bela poesia
E com ela
brutalmente
Declarou guerra ao
mundo
Viu uma pobre Maria
Enfarpelada nuns
trapos
Para qualquer mau
carácter
Velho de ferrão
azedo a escravizar
Para sempre
E quando viu isto
falou consigo
«Sugiro que façamos
estragos»
E desvirginou a
ninfeta
E ainda a mãe
ninfomaníaca
2015
Rui Sousa
Sem comentários:
Enviar um comentário