quinta-feira, 18 de junho de 2009

Afectuosamente

Não tive arte suficiente para criar o livro em branco.
Acabo de cair de onde acabo de sair…
Ninguém ama como eu.
Pobre cavaleiro lutando por uma princesa imaginária.
E talvez doces olhos me olhando,
Amados no mundo que vou ignorando.
Dom Quixote do terceiro milénio.
Pobre vampiro estacado
Por uma mulher inteligente, independente, atraente e doce?
Qual é no mundo a tua posse,
Anjo caindo emborrachado?
Que dama querias tu que ela fosse?
Inês de Castro morrendo por amor?
Joana D´ arc amando o seu senhor?
Só as artes de confusos sentimentos
Podem explicar escondidos sentimentos.
Só tenho fome, só tenho dor
E amor é ainda menos indolor
De mil xadrezes pensamentos.
Sei que nada sei, e como o sei?
No entanto sou?
Um esfomeado tubarão que o mar devorou…
Talvez um afável golfinho que deu à costa
E entre humanos se criou
De poesia e de bosta
De que se alimentou,
E por um túnel se evaporou.
13-3-2007

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