sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
XXXI
Dizendo que a costura não dá nada,
Que não sebe servir quem foi senhora,
A impulsos da paixão fornicadora
Sobe de alcoviteira a moça a escada:
Seus desejos lhe pinta a malfadada,
E a tabaquenta velha sedutora
Diz-lhe « Veio menina, em bela hora,
Que essas, que aí tenho, já não ganham nada; »
Matricula-se aqui a tal pateta
Em punhetas e fodas de industria,
Enquanto a mestra lhe não rifa a greta:
Chega, por fim, o fornicário dia;
E em pouco a menina de muleta
Passeia do hospital na enfermaria.
Bocage
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário