segunda-feira, 10 de março de 2014

PENA DE MEPHISTO

Tu que tens tal cara
Tão fora do comum e aspecto
E actos tão medíocres
És um gozo e um gozo
Não pode gozar com ninguém
Só tens um constante «brilho»
Nos olhos de besugo e de sapo
Oh…putos parvos
Que usais habitar o cantinho
Ó tu que pareces um herói
Quando estás drogado
Diz-me: Estás sempre drogado?
Porque és um cobarde quando estás sóbrio?
Rumina as palavras antes
De te saírem pela fronha feia
Ou fuma ópio puro por um cachimbo
Talvez te deixe mais calmo e menos burro
E essa cabrita burra (qual vaca que ri)
Cosia-lhe a abertura larga da greta que deve tresandar a enxofre
Com linha grossa sem anestesia
E com a minha voraz porra a abria novamente
E voltava a cosê-la



Isso que vocês tomam
Eu já tomava quando vocês
Andavam na escola primária
E lá por causa desses quarentões
Vos darem confiança
Eu tenho 36 anos de idade
De isolamento e sofrimento
E não 20 e tal anos de cu
Levam vida ao estilo de estrelas rock
Mas Jim Morrison, Kurt Coubain, Fernando Pessoa
Merecem o meu respeito
Porque apesar de serem todos drogados
Faziam arte e estão imortalizados
Vocês só produzem estupidez
E rapem a pente 1 ou deixem
Crescer esse cabelo que vocês julgam à herói
Corte de cabelo tal que até já o usou o Marco Paulo
E outros cantores pimbas
Tal corte de cabelo que o usavam os trolhas
E já nem o usam
E como diz Damon Salvatore
Um dia faço um penteado de herói
E roubo-te o protagonismo
29-1-2014

Rui Sousa

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