terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O RELÓGIO QUE PAROU

Quando a minha obsessão por ti passou
Reparei que nesse tempo um relógio parou.
No peito, um alarme disparou.
Um gemido me sufocou.

Noutros relógios ponteiros giravam…
Ponteiros que penetravam
Entre nádegas que avermelhavam
Como lábios que em tom de clépsidra comunicavam.

Vampiras de dia,
Anjos de noite.
Orgia na sacristia,
Universal açoite.
E o relógio que parou, pendia…
Para que lado me afoite?...





16-9-2006






Rui Sousa

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