terça-feira, 5 de janeiro de 2010

POESIA SEM VOZ

Fugindo do sol.
Um alcoólico sem álcool.
As naturezas escravas
Muitas coisas me explicaram.
E algumas difíceis palavras
Muito me simplificaram.
Ouvindo o meu eco.
Uma pedra caindo num rio seco.

Poemas feitos por mim.
Por quem nunca teve voz
Para os declamar nem para falar.
De como os fiz nem de onde vim.
Feitos por mim, feitos para nós.
Feitos para a natureza de quem se vai calar.






2004




Rui Sousa

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