terça-feira, 5 de janeiro de 2010

SONETO

Nasce a manhã fria frisada ao vento.
A floresta negra encobre outro dia.
Noite feia perdes melancolia.
Árvores gotejam consentimento.

Triste natureza humano momento.
Como formigas, combatem na via,
E enquanto aqueço morna poesia,
Não arrefeço saudoso tormento.

Chuva densa a meus olhos não tão forte
Quando frágil flor és mais fatal,
Quando meiga voz seduzes a corte.

Revoltas o tempo, a tudo mortal.
Quem te alcança é pescador ao desnorte,
Sereia…de quimeras natural.






1996






Rui Sousa

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