Nasce a manhã fria frisada ao vento.
A floresta negra encobre outro dia.
Noite feia perdes melancolia.
Árvores gotejam consentimento.
Triste natureza humano momento.
Como formigas, combatem na via,
E enquanto aqueço morna poesia,
Não arrefeço saudoso tormento.
Chuva densa a meus olhos não tão forte
Quando frágil flor és mais fatal,
Quando meiga voz seduzes a corte.
Revoltas o tempo, a tudo mortal.
Quem te alcança é pescador ao desnorte,
Sereia…de quimeras natural.
1996
Rui Sousa
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
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