terça-feira, 6 de abril de 2010

VISCOSO (E) ESCONDE-TE

A lua cheia clareando
O teu corpo bronzeado.
Talvez o valioso metal iluminando
O teu coração desobrigado
Encontre um sentimento fervoroso.
Tu, eu…viscoso.

Novas cores descobertas na escuridão.
A realidade
Faz-me decorar o chão.
A liberdade
Solta do corpo um movimento chuvoso.
A escuridão, o som, o movimento…viscoso.

Às vezes o nervosismo
Passa para o outro lado.
Às vezes quando sou arrastado
Encontro liberdade no álcoolismo.
O dia alcoólico, o vómito…viscoso…

Às vezes gostava de ter asas
E passar rápido pelos telhados
Arrancando as telhas das casas,
Subir e passsar os astros ilimitados,
Perder um confronto cósmico com um estranho leproso,
Caír e decorar o chão…viscoso.



1998


Rui Sousa

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