segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

DENEGRI(-ME)

Amado e acompanhado pela solidão
Para o mundo saí
Embriagado por ti,
E só arranjei confusão.
Hipócritas te foderam.
Drogados ficaram
Viciados em ti.
Doutores te perderam,
Olhos frios derramaram
Lágrimas que quase senti.
Arranjaste um novo amor
E mataste todos os antigos amores.
Emancipaste ainda mais a dor
De drogados e doutores.
Todo este tempo estive
Amado e acompanhado pela escuridão
Como um bruto doido varrido.
Afinal do sol a matinal iluminação
Tenuamente se sobrevive,
Porque pouco se é concorrido.
E ao passado louco que vivi
Até a minha carismática e perfeita avó denegri.
E era eu que devia ter morrido.




21-1-2010


Rui Almeida Sousa

E culpado e revoltado escrevo uma quadra de António Aleixo:

Uma mosca sem valor
Poisa com a mesma alegria
Na careca de um doutor
Como em qualquer porcaria

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