segunda-feira, 27 de abril de 2009

"Mente de cacto"

A vista baça,
Os braços rendidos
Na velha vidraça
Ampla de sentidos.

Na minha mente tenho espectadores
Aplaudindo físicas dores.
Agora que consigo viver sem álcool
Ainda não consegui compreender o sol.
Os vencedores nascerão perdedores…

No teu jardim
Do mais suave olfacto,
Pecaminoso o tacto
Que não toca em mim.
Tenho a aspereza de um cacto
E dou-te água sem fim.





30-11-2006

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