Vejo o nascer da alva
Iluminando a minha cova.
Sou o que não sei que se ressalva
Em frente de uma real prova.
Tenho em mim escondido
Tanto ardor e carinho
Para dar a uma só mulher
Que me tem perdido
No seu conhecido caminho
De zelos a sofrer e arder
Embalando o seu adormecer.
Fui um condor na vaidade ferido.
Um irracional medicado.
Sou um predador domesticado.
Num decote de um vestido ousado
Sou um Zéfiro (1) controlado.
Podia despir a roupa mais discreta
Com um afrodisíaco descarado.
E provar a doçura mais concreta
Com um desdém leonino. (Se eu fosse incontrolado)
(1) Vento
10-12-2007
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
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