quarta-feira, 30 de setembro de 2009

TABERNA ANTIGA

Eu vejo uma estrela
Que penso que lê
O que eu escrevo
À luz de uma vela,
Porquê?...
Estou sentado
Na taberna antiga
Bebendo único vinho
Novo que não estranha
A sequiosa barriga
Como um vento quentinho
Que renova e desentranha
Uma unha preta que me arranha.
Por trás de mim está
Uma diferente mulher
Que a atenção requer
Em cada diferente ideia.
Também estão a perceber
O canto e o ranger
Como uma sereia
Esculpindo uma teia…
Calados
Todos bebem…
Todos fedem
Sentimentos guardados…
De repente
Aqui poisa cansada
Uma pomba branca…
De repente
A porta sombria e pesada
Sozinha se tranca.
Despem-lhe os virginais folhos
Monstros, vampiros inimaginados.
Vê-me com a graça dos teus olhos
De medos e sentimentos frustrados.
E abraça-me com os teus braços admirados
De poderes ilimitados.


13-12-2007

Sem comentários:

Enviar um comentário