terça-feira, 16 de março de 2010

NÃO SEREI MENDIGO DE AMOR

Digo que és bela com a imprudência
Com que bebo a tua venenosa indiferença.
Digo que a tua extremada inteligência
Me faz desaguar dos extremos com extrema doença.

Gosto do amor,
Porque ele é irracional.
Quero roubar uma carne flor
E amá-la longe do covil menstrual.

Acredito no apocalipse transcendental.
Deusas vão ser escravizadas,
Luas por mim não vão ser poupadas
Para o teu merecido eclipse vaginal.

Mas,
Até os bichos da terra
Não se conseguem conter
De formar acres…vidas…
E quando acabar a minha guerra
O meu cadáver vão comer,
Pobres suicidas.


É interessante que uma toalha
Que deixei de qualquer maneira
Em cima da janela do meu quarto
Que devia ser só isto,
Tenha ganho um estranho rosto desperto.



2-3-2008



Rui Sousa

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