Não consigo alcançar
Aquele refúgio seguro
Abandonado por marginais
E já não aguento mais.
Rejeito a sepultura que me quer sujeitar
Brasões pérfidos brilhando no escuro.
A morte faria sinais?...
O poste de electricidade vandalizado
Ilumina o asfalto esburacado,
Onde a chuva pinga melancoliacamente,
Criando um espelho mágico que, mansamente,
Envelhece o futuro, renova o passado
Que me persegue impiedosamente.
Condensando um refúgio feminil
Habitado por um velho senil.
Alcanço uma morte lenta e deformada
Por um presente tóxico,
Libertando deuses reclusos,
Crianças retocando desenhos obtusos
Num futuro próximo…
1996
Rui Sousa
terça-feira, 16 de março de 2010
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