quarta-feira, 3 de março de 2010

UM SORRISO

Entre a podridão nocturna
Sem um canto, um abrigo.
Salvo por um sorriso amigo
Vindo dos confins de Saturno.

Eu costumava ser um rapaz
Sem ajuda nas minhas escolhas.
O que eu escolho é a poesia capaz
De prender numa só flor todas as folhas.

Não há mais nada que eu possa fazer.
Ela deixou-me ir embora.
E a minha estupidez ignora
Que longe dela ainda mais vou arder.

Todas as ilusões
Me apodrecem a mente.
Tantas paixões
Que chegam de repente.
Quantos corações
Não quero pecaminar na minha serpente?...






27-1-2009





Rui Alexandre Sousa

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