Acorda, vê…a luz do sol nas flores
Do teu jardim, ávidas de pureza
E por ti chamando, por mais beleza,
Por arte pintando, cantando cores.
Sai da pose, deusa de dissabores,
Mundana das veias e da limpeza.
Vem cá para fora, depõe a incerteza
E beija a alma, beijando as minhas dores.
Sai do palácio, perfumada em dor
Arrasa multidões, invade a praça,
Lira infernal em tons belos de amor.
Agora evapora-te, ó luz, ó graça
O carão moreno, lábia de horror,
Por ti chama, minha bela desgraça.
1996
sexta-feira, 27 de março de 2009
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