Enquanto o vate infeliz encerra
Seu estro na profunda obscuridade,
Condensando o ódio e a saudade
Num sentir que acorda a sombria serra,
A deusa reina nesta e noutra terra.
Faz da noite enfadonha sociedade.
Agoira como vampira e claridade…
Na extravagância meu ser enterra.
No ardor da musa, nas cores da morte
A cor hispânica desejo impunha,
Os olhos ternos viam-me sem norte.
Teus seios o mar revolto supunha.
Hoje, sem nada ter que me conforte,
Tenho o silêncio como testemunha.
1996
sexta-feira, 27 de março de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário