Tens estado fria neste ano quente.
Amores fúteis e fúteis clamores
És tu, solidões e hórridas cores,
Aquilo que servirá à minha mente.
Coberta de sarcasmo novamente,
Sempre à noite agradarás aos odores.
Buscas o sol, o perfume das flores,
Mas não julgues que sou tão impotente.
Bastante bem eu sei que fui grosseiro
No cimo do balcão despedaçado
Bebendo por veneno traiçoeiro.
O ciúme, a triste razão do coitado
Fez cair algo rico, verdadeiro.
Das doiradas cinzas renasce o fado.
1996
sexta-feira, 27 de março de 2009
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