sexta-feira, 27 de março de 2009

"Arranjo"

Meu pequeno anjo,
Assustas o meu sono infernal
Refugiado neste arranjo
Impiedoso sentindo o teu sonho natural,
Arca de um feitiço angelical.


Dentro do ventre materno, adiava
Encontrar vida vazia rodeada de erros.


Natureza mórbida que me empurrava
As mãos daquela que vive de enterros,
Sentindo que o princípio me finalizava,
Creio ter sido um embrião que protestava
Indignado no momento em que a enfermeira me roubava a ferros.
Momentaneamente a cabeça ergui e na pureza vi,
Elevado humano que iludido sorri.
Nasci com calor…não se chegue aqui.
Todavia o sol só brilhou neste dia,
Onde sentiu a libertação da poesia…


20-11-1998

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