Hoje um idoso corcunda profana
Os balcões dos bares onde rasteja.
Sem futuro de fantasmas rodeia
A mentira que soa bela, e emana
O sonho da mulher soberana.
Mas hoje ganhou da ilusão a ideia
Da sua cara velha ser tão feia
Como a raça que se proclamou humana.
O povo, que olha com provocação
Este pobre que caminha sozinho,
Olhando rigoroso para o chão,
Vive quimeras: o fugaz carrinho
Talvez seja um manobrável caixão
Que lhe ordena que saia do caminho…
( salvando o inferior da morte superior? )
1996
sexta-feira, 27 de março de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário