sexta-feira, 27 de março de 2009

"Invariável tristeza"

Tristeza triste que indiferente assistes
Com provocações que ignoram o olhar,
Desejo a morte vendo-te no mar,
Na natureza que nunca sentiste.


As variações a que me dirigiste
A mente não pôde o corpo alcançar,
Tremente…caminha para o lugar
Que não pode achar, porque não existes.


És fonte da aflição que adivinho
Desde a minha forçosa nascença
Que o supremo acabou por castigar.


Minha vontade, mas mesmo sozinho,
Mesmo cego sentindo tua presença,
Vejo que nada é belo ao tocar-te.



1996

Sem comentários:

Enviar um comentário