Só porque te vi hoje de repente,
Deusa visível quis que a minha fala
Já pescasse o que o teu olhar não cala,
Mítica sereia que parte ao poente.
E como o sigo coração ardente
Na natureza que de frio estala,
Nesta noite escura que o peito embala,
Não venero a luz se amo a nascente.
Castigo a mente adormeço a paixão,
Preciso de sol abraço o luar,
Na incerteza paira o meu coração.
Sou o instável que o amor foi escravizar,
Vítima da seta da solidão
Que aponta em direcção do teu olhar.
1996
sexta-feira, 27 de março de 2009
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