Sinto avisos do sono inconclusivo,
Vejo a vida transformar-se no inferno
Que eu não sinto, se estou no mundo externo.
Não vejo mudanças, nada de expressivo.
Sigo o sonho que me quer progressivo
Num despique com o teu rosto eterno.
Correm estações, e escolho o Inverno
Que me inflama no rastro inofensivo.
Porém, borboletas rodeiam-me a casa
Como se a rainha ardesse aqui perto,
« Fria Escuridão » , que cativa e arrasa.
Fado de olhos baços, tens-me coberto
Das gentes que me lançam olhos em brasa,
Mas se não dormir nunca mais desperto.
1996
sexta-feira, 27 de março de 2009
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