sexta-feira, 27 de março de 2009

Teatro solitário - Acto primeiro - " O relógio do Marquês de Sade"

Acordei cansado
Com imensa vontade
De não ter acordado.
Visto as minhas perfeitas roupas sujas,
Vejo-me ao espelho, contemplo a vaidade
De me sentir incomodado.
Toda a tua mente defensora
Traída pela tua boca agressora.
Aproxima-se a noite risonha,
Procuro um refúgio…Ah! Cá está!...
Um refúgio social?...
Quem é esta gente medonha?
Estão a olhar para cá…
Um teatro social?
Álcool, humanos risos de mulheres, álcool, mulheres?...
Quem me dera estar embriagado.
O meu coração vai explodir, descontrolado…
Onde está aquela, tal tudo o que queres?...
Às vozes intensas, aos actos hipócritas, propunha
Aceitar todas as culpas que me queiram dar,
Mas o corpo sente-se tentado a retirar.
No entanto ficaria a saber se existe a vergonha.
Nesta indecisão escuto…ou sinto
A voz…continuamente soando na minha cabeça…

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