Temo a doçura da tua voz que afina
As dores amargas da minha mente.
Porém o teu olhar desafina o doente
Que te sente enorme quando és menina.
A doce voz que a venerar ensina,
Quando dirigida, tragicamente
Inventa um baço, mas risonho ambiente,
Apressa uma decisão repentina.
Eis raciocino, eis ganho coragem,
Mas esta engraçada, por parecer
Dois rostos distintos, turva miragem.
Por inglória, tentava-me a esquecer
A pura, a mais sincera linguagem,
Não me deixando morrer nem viver.
1996
sexta-feira, 27 de março de 2009
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