As montanhas do progresso
Começaram a desabar.
Então louvaram existir um caminho inverso,
Roubaram o meu lugar.
Sem mais poder passear a minha solidão
Por lugares outrora ditos medonhos,
Era no breu da escuridão
Que recordava factos abastecendo sonhos.
Passadas duas invernais primaveras,
Sentiste-me entregue ao abandono.
Diz-me então fiel Primavera, porque esperas
Para acabar com o meu Outono?
Esperando impor
Teus cabelos acastanhados
E os teus olhos amêndoados,
Pecarei na cor
De meus dias enevoados.
Quando na neblina estiver caminhando,
Na escuridão me procurando perder,
Estarei encontrando a claridade do teu viver
Que me faz continuar esperando,
Pedindo às altas neblinas que te governem,
Aos teus amantes que hibernem.
1995
sexta-feira, 27 de março de 2009
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