sexta-feira, 27 de março de 2009

O palco da vida mais clandestino
Actores hipócritas não semeia,
O líder escurecido nomeia
Poder que invade o teatro caprino.


Uma mão morta estremece o violino…
Seres secos afogam a sereia.
A morte arranca aplausos à plateia,
Pasmada com o natural destino.


O voraz leão colado à tribuna
Espuma, devorando o palco, acena,
Reclamando a decadência humana.


Pequenos ratos englobam a cena,
O ditador louco extasia e profana,
E a vida torna-se bela e serena.


1996

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