sexta-feira, 27 de março de 2009

"A vampira"

O meu quarto não é arejado.
O dia é como uma mentira.
No escuro estou refugiado.
Aqui sou preciosa safira.


De repente, o sol caiu ajoelhado
Perante uma voz em tom de lira.
Já nada temo a voz…estou decifrado
Num dialecto de inconsciente vampira.


O variante esplendor de seus lábios frios
É o invariável sangue duro
Que urge por novos desafios.


O meu sangue foi jovem, porém puro,
Concentrado em seus olhos por pequenos rios,
Temerários à tormenta em que me censuro.

1995

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