sexta-feira, 27 de março de 2009

"Eles"

Eles não comem, não bebem, não dormem,
Cortejam os mais lúgubres recantos,
Promovem funerais mórbidos cantos,
Precisam do caos, vivem na desordem.


Eles não repartem, não se comovem
Com os fatídicos românticos prantos,
Não se iludem com feminis encantos,
Com o hábito mais estranho de um homem.


São seres que da vida se aborrecem.
Como esquecida luz amortecida,
Ministram as pessoas que adormecem.


No sono profundo aclamam partida
Àqueles que os reclamam que os conhecem,
São ratos letais, perseguindo a vida.


1996

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