O doente esquizofrénico
Há dias não tomava medicação.
Olhos raros de lince ibérico
Desvendavam-lhe o coração…
Sonhava com ela há mais de dez anos.
Amava-a com todas as suas anormalidades
Que passavam de três.
E para acabar com estas cumplicidades
Tomou de uma só vez
Medicamentos que o fariam ter paz durante um mês.
O sono chega com a alvorada
Relaxante com que ele sempre sonhara.
Nos sonhos que sempre acompanhara
Eleva-se uma valquíria com uma espada…
No espelho uma cara torta
Entre sombras agonizava.
As fortes batidas na porta
O coração acompanhava…
Expirando, o seu subconsciente
Mostrou-lhe a razão
Da vampira de beleza incandescente
Dar-lhe a extrema-unção.
12-1-2006
sexta-feira, 27 de março de 2009
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